Posicionamento do Projeto Cavalos do Mar em relação ao cativeiro
(redigido especialmente para o 42º Congresso da SZB)
Nós da equipe do Projeto Cavalos do Mar acreditamos que os aquários que prevêem visitação pública podem ser ferramentas de educação ambiental e conservação.
Entretanto, para que essas premissas de fato ocorram, pensamos que as instituições devam investir em visitas guiadas, pesquisas e sensibilização do público.
Cavalos-marinhos são animais frágeis; carismáticos; de pequeno porte; que se alimentam de presas vivas e estão sob ameaça de extinção. Se, por um lado, a conservação desses animais ex situ pode contribuir para um melhor entendimento da biologia e de alguns comportamentos, por outro lado, envolve cuidados bastante complexos, onerosos e constantes.
Outra questão é o fato de que muitos cavalos-marinhos que estão em aquários foram retirados da natureza, interrompendo funções ecológicas e reduzindo populações e variabilidade genética. Criações em cativeiro, com finalidade comercial, são raras no Brasil e, quando existem, costumam ter um déficit de informações sobre procedência dos animais e seus cuidados básicos.
Não há, por exemplo, um manual de posse responsável e, não raro, lojas vendem espécimes brasileiros com nomes de espécies de outros países.
Em suma, o Projeto Cavalos do Mar pede, tanto a aquaristas quanto a instituições, que, se forem ter cavalos-marinhos em cativeiro, o façam com atenção ao bem dos animais. Não deixem que esses peixes maravilhosos se transformem em simples objetos de decoração e nem que sejam condenados a uma vida curta, sofrida e com má alimentação, sendo repostos como se fossem descartáveis.
Não condene cavalos-marinhos saudáveis a se transformarem em meros objetos de decoração de sua sala. Respeite a vida. Ame o mar.
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